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Quem nunca ouviu uma “verdade absoluta” sobre cabelos? Quando se trata de solucionar ou descobrir causas para a queda capilar aparecem afirmações de todos os tipos. Pior: algumas ficam tão enraizadas e populares que fazem as pessoas conviverem por mais tempo com a perda de fios ao invés de procurar ajuda profissional para investigar e reverter o problema. O médico e tricologista Dr. Ademir Leite Junior rebate, a seguir, mentiras sobre causas para queda capilar que ficaram popularizadas.

  1. “Usei um shampoo que resolveu a queda em uma semana”. Essa afirmação é das mais comuns entre pacientes e o público em geral. Mas o profissional é categórico em afirmar que não existe shampoo milagroso e que resolva a queda de cabelo em dois ou três dias – ou o contrário, que ocasione a queda de cabelos – e que a associação que as pessoas fazem pode ser apenas uma coincidência entre o uso no período em que o cabelo já estava pronto para parar de cair e a maior atenção da pessoa voltada para os fios que caem.
  2. “Fiz progressiva por dez anos e nunca tive queda”. Para o tricologista, a queda capilar, que nessas pessoas aparenta ter começado repentinamente, é totalmente esperada e previsível. Dr. Ademir explica que a queda por conta da progressiva e outras químicas de transformação, com grau de periculosidade parecidos, não tem data para começar, mas quando chega deve ser encarada e tratada como consequência desses processos, pois eles são agressivos aos fios e ao couro cabeludo, por mais que se tenha cuidado na aplicação.
  3. “Nunca tive alergia, então esse produto não tem nada a ver com o problema capilar”. O médico aconselha que se tenha atenção ao que o paciente sempre usa para identificar possíveis rejeições do organismo causando as temidas alergias. “Os mecanismos alérgicos são desenvolvidos por algumas variáveis, determinados componentes e ingredientes de formulações podem desencadear alergias quando usados por anos, mesmo que antes nada acontecesse ao usa”, afirma o especialista.
  4. “O chip da beleza não tem efeito colateral”. O médico aponta que há na literatura relatos que os chips que têm o hormônio gestrinona merecem atenção. Isso por conta de o hormônio desenvolver atividade parecida com hormônio masculino nas mulheres; isso vale para os que têm testosterona entre os componentes, que devem ser indicados com extrema cautela, pois nas mulheres suscetíveis a desenvolver calvície podem causar queda capilar, mesmo com as ditas doses pequenas de hormônio.
  5. “Estou comendo melhor na minha dieta e meu cabelo piorou”. O tricologista explica que algumas vezes a rápida redução de peso, consequência de processos de reeducação alimentar ou dietas, mesmo as saudáveis, para emagrecimento, impactam negativamente nos cabelos, mas a ligação da queda com os alimentos considerados mais saudáveis é injusta e incorreta. O médico aconselha paciência e tranquiliza ao afirmar que “esse quadro tende a ser passageiro e a queda capilar é revertida com estratégias aplicadas pelos profissionais tricologistas, ou mesmo naturalmente com a regularização promovida pelo próprio organismo”.
  6. “Comecei o tratamento contra queda há um mês e não melhorou, não fez efeito”. Para o dr. Ademir, os profissionais precisam alinhar essas expectativas com o paciente, uma vez que a melhora da queda em dias, duas ou três semanas, normalmente, refletem um ciclo de meses, onde a fisiologia natural já preparava a paralisação da queda. O tratamento, na realidade, vai regular o ciclo de crescimento capilar, ou seja, o paciente vai observar cabelos crescendo e, paralelamente, a queda diminuindo. E isso pode levar meses.

O médico finaliza com um alerta. “É preciso estar atento ao que realmente pode ou não causar queda capilar e isso é possível buscando conhecimento em fontes confiáveis; por isso, a experiência em passar por consulta e avaliação com um tricologista deve ser encarada como cuidado com a saúde, para além se resolver uma questão que incomoda esteticamente.

 

Matéria de Caio Camargo

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