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Se a cada virada de ano, tudo muda, imagine então o que nos reserva este 2021, após a reviravolta mundial que 2020 provocou… Para que ninguém seja pego de surpresa, HM ouviu profissionais de primeira linha em suas especialidades e mostra, a seguir, uma seleção do que vem por aí em cuidados e moda cabelo que você precisa saber já.

 

 

 

  1. A VEZ DOS SUPLEMENTOS CAPILARES

Se a sua cliente ainda não toma, é pura questão de tempo… o mercado de nutricosméticos capilares vem crescendo de forma acelerada. Com a promessa de promover a beleza e estética de forma saudável, os nutricosméticos em via oral (cápsulas ou gomas), oferecem diversos ingredientes como aminoácidos, vitaminas, proteínas e compostos bioativos. “É um complemento ao tratamento tópico com ótimos resultados. Por isso, cada vez mais cresce a procura; hoje, as combinações in out são muito mais eficazes. E vem conquistando cada vez mais espaço como coadjuvante na recuperação dos fios, com foco no fortalecimento, fortalecimento da raiz, para impedir a queda, combate dos efeitos dos radicais livres e melhora da microcirculação, facilitando o aporte de nutrientes”, explica a Dra. Joyce Rodrigues, cosmetóloga e CEO da Mezzo Dermocosméticos. É muito importante conciliar os tratamentos in e out, ou seja, de nutricosméticos com dermocosméticos, para atingir uma boa qualidade de saúde capilar. Principalmente, em casos de anormalidades ou problemas no couro cabeludo, como alopecia ou até dermatite seborreica.  “O tratamento in + out pode ser combinado com protocolos de fortalecimento capilar e prevenção à queda, por exemplo. Eu sempre indico uma estratégia inteligente para o tratamento que precisa começar pelo xampu, por exemplo: formulações com Procapil, Pantenol e Tridecil Salicilato atuam diretamente no couro e raiz, permitindo maior nutrição e estímulo para o crescimento capilar. O Tônico capilar é essencial: as boas formulações contêm fatores de crescimento: Phohairin – um peptídeo derivado de citocinas endógenas – proteína naturalmente presente na pele e, desta forma, correspondente ao conceito de um peptídeo bioidêntico e o VEGF: Fator de crescimento vascular – estímulo do crescimento capilar; facilitação da nutrição do folículo capilar; indução da angiogênese. E claro, fazer o uso de um Nutricosmético específico para cabelos, com Biotina, também chamada de vitamina H ou de vitamina B7, é um nutriente fundamental para o cabelo, pele e unhas, especialmente quando eles são sensíveis ou frágeis, além do Cromo, Zinco, Selênio, Vitamina B6 e B7. E há ainda, o colágeno oral, peptídeos de colágeno bioativos Peptan, com estudos em nutrição e fortalecimento dos fios”, finaliza a especialista.

O mercado já oferece diversas opções como Gummmy Hair (veja matéria completa nesta edição), Lowell Caps, Suplemento Alimentar Truss Pharmacy + Caps, Suplemento Força Bio Extratus, In Nutri Tricology, Mezzo Dermocosméticos.

 

 

 

  1. TRICOLOGISTA, AMIGO MEU

A tricologia não nasceu ontem… mas ganhou adeptos fervorosos nos últimos tempos. Por isso, cabeleireiro que se preza sabe que tricologista é parceiro importantíssimo! “Os cabelos acabam por trazer à tona o que acontece conosco, nossa saúde, alimentação, hábitos, enfim, tudo o que fazemos e vivemos interfere de forma direta ou indireta nos fios por meio de alterações na saúde do sistema capilar. Com isso os cabelos caem, enfraquecem, ficam com sua estrutura comprometida, perdem a beleza e, por fim, destroem a autoestima”, explica o Dr. Ademir C. Leite Jr, Presidente da Academia Brasileira de Tricologia. O especialista acrescenta que até duas ou três décadas atrás sabíamos muito pouco sobre cabelos. Com a chegada das primeiras medicações nas décadas de 80 e 90, de exames mais esclarecedores e dos avanços cosméticos, a tricologia foi alavancada e hoje temos uma das ciências que mais cresce em publicações científicas com relevância. “Hoje é possível que qualquer profissional de saúde graduado faça uma pós graduação ou formação internacional em tricologia e comece a trabalhar na área, desde que respeitando as regulamentações de seus conselhos de classe. Natural que estes profissionais podem trabalhar em parceria com cabeleireiros e terapeutas capilares com o propósito de prevenir os problemas dos fios, reduzindo danos. Como médico, posso afirmar que a tricologia tem contribuído muito com um maior entendimento, em especial por parte dos cabeleireiros, de que danos aos cabelos e ao couro cabeludos ferem não somente a integridade física como a integridade psíquica dos clientes. A tricologia subiu a régua da qualidade do atendimento capilar e da preocupação com o que é ético e com o que não é. Permitiu uma abertura maior de comunicação entre profissionais de saúde e os de beleza no que tange aos cabelos, e vem, de forma direta, forçando os cabeleireiros a estudarem mais para tornarem seus atendimentos nos salões mais seguros e orientados para a saúde integral dos clientes. Para o cabeleireiro, o que entendo como essencial é procurar cursos de formação em terapia capilar que vão capacitá-lo em vários sentidos. Em primeiro lugar, para ganhar o sentido da importância da atuação em beleza com olhos na saúde. E depois esses profissionais podem atuar para colaborar com a tricologia nos cuidados com o couro cabeludo e os fios. Bem capacitados os cabeleireiros são as meninas dos olhos das clínicas de saúde capilar. Eu mesmo tenho dois terapeutas capilares que vieram do salão e que hoje me ajudam a conduzir cuidados com meus pacientes”, complementa o Dr. Ademir.

 

 

  1. AROMATERAPIA CAPILAR, O PRÓXIMO PASSO

A onda wellness é outra trend que deu um salto vertiginoso para o alto e ganhou legião de fãs – também, pudera, em tempos de tanto stress, tornou-se quase obrigatório que todo mundo se volte para a busca de equilíbrio e harmonia. Nesse grupo, a aromaterapia (conjunto de técnicas de aplicação de óleos essenciais) só faz brilhar! Quando usada nas terapias capilares, é uma das formas unir a beleza com saúde e bem-estar, ajudando no tratamento e prevenção das diversas patologias do couro cabeludo e da haste capilar. O principal elemento da aromaterapia são os óleos essenciais, e seus poderes são cientificamente comprovados: através das vias olfativas, atingem o sistema límbico, que é o responsável por nossas emoções e sentimentos, provocam sensações de equilíbrio, positividade e energia, modificando o humor e o ânimo. Por isso, toda essa atenção ao estado emocional do cliente, com o uso da aromaterapia, certamente será uma grande aliada aos tratamentos. “Alguns óleos essenciais, quando usados na terapia capilar, promovem um aumento da densidade da haste capilar, limpam e fortalecem o sistema bulbo/haste. Para exemplificar, temos o óleo de Alecrim; este, quando misturado com os óleos vegetais de Jojoba e Abacate, tem função vasodilatadora, dando força ao sistema capilar e ajudando a limpar o bulbo (um dos responsáveis pelo crescimento capilar), melhorando, assim, a circulação periférica e diminuindo, consequentemente, a queda”, conta Liana Lopes, cabeleireira, terapeuta capilar e dona do salão que leva seu nome em Teresina (PI). Existe uma variedade imensa de óleos essenciais, cada um com suas propriedades terapêuticas específicas. “Outra vantagem da terapia capilar com foco na aromaterapia diz respeito à personalização do atendimento, pois cada protocolo levará em consideração a necessidade da cliente”, diz Liana.

 

 

  1. IA NO DIAGNÓSTICO CAPILAR COM HAIRMETRICS

O termo IA já não é mais novidade – bancos e empresas de telefonia saíram na frente e já nos colocam interagindo com Bia, Aline, Aura e uma infinidade de inteligências artificiais cada vez mais sofisticadas e precisas. Claro que a beleza também foi atrás… O HairMetrix, por exemplo, é um software da Canfield Scientific desenvolvido para a análise dos dados coletados pelo aparelho VisioMed D 20evo. E o que essa dupla faz? “Trabalhando” juntos, eles entregam um diagnóstico por imagem em tempo real, ultra moderno, para a avaliação dos folículos capilares e do couro cabeludo, gerando informações detalhadas para que os profissionais possam escolher o melhor tratamento.  Tudo sem corte, agulhamento, dor ou qualquer outro incômodo, com o máximo de detalhamento para que o tratamento seja o mais individualizado – e certeiro – possível.

 

  1. PRODUTOS PROFISSIONAIS VEGANOS

Mais uma lição de 2020 que ficará para sempre: a (o) cliente, ao menos em sua grande maioria, está muito, mais muito mais exigente com o que consome – não só em serviços, mas especialmente em produtos. As empresas, atentas a isso, aceleraram seus planos e investiram em lançamentos que, além de alta performance e entrega de resultados acima dos esperados, trazem uma bagagem diferenciada. Não basta ser bom, não! O xampu, condicionador, leave in, ativador de cachos e toda uma categoria de cosméticos capilares precisam ser livres de substâncias sintéticas, biodegradável, cruelty free, produzidos com ativos naturais e óleos essenciais, ou seja, não podem agredir o nosso planeta e nem seus habitantes. Alpaparf Milano, Davines, Inoar, Truss Profissional, Keune, entre outras, lançaram novas (ou reformuladas) linhas completas a partir destes conceitos. Mais do que nunca, o salão tem que oferecer em seu portifólio opções para quem abraça estas causas – se antes havia a desculpa de falta de produtos de qualidade, agora há inúmeras opções (inclusive para todos os gostos).

 

  1. TRANSIÇÃO CAPILAR, UMA REALIDADE

“SIM! a ditadura acabou!” Com esta frase de impacto, Wilson Eliodório, master expert em cachos e afros, celebra o fim da estética única dos fios lisos e saúda (finalmente) a aceitação dos cacheados e crespos. “Estamos vivendo uma era de orgulho dos cachos, crespos e todas as variantes de textura afrocentrada. Sejam eles naturais ou manuseados (dreads, tranças, etc), não há mais padrão imposto”, afirma. Com essa mudança – ensaiada durante anos a fio e só recentemente realmente encampada por mulheres e homens do mundo todo –, veio um problema: como passar pelo período de eliminação dos fios alisados sem perder a paciência? É a chamada transição capilar, termo que virou moda e define o processo de dizer adeus ao cabelo que sofreu sucessivos alisamentos. Indicada para quem tem química – em geral, com muitos danos severos acumulados nos fios, trata-se de um “ritual de passagem”, que envolve corte, tratamentos personalizados, criação de novos looks para cada nova fase de crescimento.  “Passar por isso requer paciência. A transição se faz por fora e por dentro (principalmente!). Entender seu cabelo real é acolher ancestralidade. Há processos para se chegar ao estado natural do fio. Sou a favor do BIG CHOP (corte que tira a parte alisada dos fios, evitando deixar o cabelo de dois jeitos diferentes na cabeça), especialmente para homens. É rápido e eficaz. Para mulheres, vale a pena ir devagar quando o cabelo processado ainda está lindo; se ele está frágil e quebradiço (normalmente está), vale um corte intermediário. Rituais como texturização ajudam a criar nuances parecidas e equiparadas. Vale lembrar que a hidratação é fundamental antes, durante e depois da transição”, explica Wilson.

 

Matéria de Deise Garcia, para HM 29

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