em Caio Camargo, Colunistas

Quem nunca assistiu um filme-catástrofe e ao final se perguntou: isso será possível? e se acontecer mesmo? Infelizmente, 2020 chegou para responder todas as dúvidas a respeito de uma pandemia. Sem que ninguém conseguisse prever, milhões de pessoas perderam – e continuam perdendo as vidas. Autoridades de alguns países foram previdentes e adotaram medidas sanitárias sérias- outros apenas desdenharam do coronavírus e agora esperam que chegue a chamada imunização de rebanho.

A consultoria Mckinsey & Company ainda calcula o rombo no mercado da beleza. O fato é que a indústria global da beleza movimenta 500 bilhões de dólares em vendas por ano e gera milhões de empregos direta e indiretamente. Alguns números já começaram a aparecer. Antes da Covid-19, as compras nas lojas físicas representavam até 85% antes da crise. Agora, determinadas marcas de produtos de beleza já relatam que as vendas on-line dobraram.

Varejistas e marcas elaboram promoções para atrair consumidores e limpar o estoque. Os descontos oferecidos online podem chegar a 40%. O distanciamento físico e o uso de máscaras mudaram muito o uso da maquiagem, tornando-a menos importante.

Em um movimento contrário, os cuidados com a pele, cabelos, banho e corpo aumentaram de forma significativa. Os gastos com sabonetes de luxo na França aumentaram 800%. Houve um boom no consumo de velas aromáticas, todas formas de aromaterapia e produtos de desintoxicação. As vendas de produtos para a pele, unhas e cabelos aumentaram aproximadamente 300%. Um novo mercado se abriu.

Determinadas mudanças trazidas pelo coronavírus efetivamente serão permanentes. Ao que tudo indica, o e-commerce continuará em expansão e o segmento da beleza deverá priorizar os canais digitais para fidelizar e conseguir clientes novos.

O ritmo da inovação vai acelerar. A crise deve encarar mudanças substanciais na maneira com que a beleza é consumida. Mesmo antes da pandemia, a definição de beleza estava se tornando mais global, expansiva e entrelaçada com a sensação de bem estar dos indivíduos. Essas tendências vieram para ficar.

Caio Camargo

Colunista

Caio Camargo é jornalista, especializado em política e economia, Pós-Graduado em Comunicação Comparada na Universidade de Navarra, Espanha. Ao longo de sua carreira foi repórter, editor e âncora dos principais jornais das TVs Globo, Record e Cultura e das Rádios Bandeirantes e Eldorado. Atualmente é consultor de negócios da comunicação e marketing e colunista do setor.

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