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A maior pandemia dos últimos cem anos serviu para demonstrar que o teletrabalho não é uma mera funcionalidade. Virou algo absolutamente comum entre os administradores de empresas. O home office é um poderoso aliado na preservação da saúde dos funcionários. Mas, na ponta do lápis, serve como importante fator de redução dos custos fixos. Embora não se aplique a toda prestação de serviços, a indústria em especial pode se valer dele como fator de sensível economia e agilidade.

Nesse longo período da quarentena ficou fácil constatar a diminuição das despesas com aluguéis, contas de luz, água, faxina, segurança, transporte, alimentação. E até portaria, além dos suportes com serviços de informática.

O IPEA – Instituto de Pesquisas Econômicas Aplicadas – elaborou um estudo sobre o assunto, baseado em uma metodologia criada pela Universidade de Chicago, dos Estados Unidos. Os números sugerem que cerca de 25% das ocupações de trabalho, que não dependem do uso de máquinas ou de veículos, podem ser realizadas remotamente.

Os Estados que mais se beneficiariam com a extensão de práticas do teletrabalho são o Rio de Janeiro, Distrito Federal e São Paulo. Adotar em definitivo a prática implica em replanejar o espaço para manter o distanciamento social nos escritórios que continuarem a ser utilizados. E, principalmente, melhorias na segurança da rede de informática para que os arquivos da empresa não se tornem vulneráveis a hackers e às pessoas comuns que estarão convivendo na casa dos funcionários.

Outras questões também precisam ser levadas em conta: como a atual legislação não prevê nem controle de ponto nem contabilização da jornada de trabalho a distância, horas extras acabam por não ser pagas. É preciso rever também o tratamento dispensado a eventuais acidentes do trabalho, uma vez que a atividade não é realizada na sede do empregador.

De qualquer forma, o home office não deve se limitar a apenas reduzir despesas. É imprescindível garantir a qualidade do trabalho, oferecendo boa conexão de internet, cadeira ergonômica e atenção à saúde ocupacional em um ambiente não convencional como o de casa.

Fonte: Estadão

Matéria de  Caio Camargo 

 

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