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Em nossa HM 25   publicamos o especial carnaval Make artística faz a festa, mas este é o tipo de matéria tão incrível  feita pela querida Shâmia  Salem que  vale a pena ver de novo.

 Não se deixe enganar: o fato de a maquiagem cênica ganhar ultra destaque no Carnaval e, também, no Halloween não significa que ela se limite a trabalhos sazonais. Esse mercado está é superaquecido e com ótimas oportunidades para maquiadores, sem contar que é “o” canal para soltar a veia criativa por vezes limitada pela cliente no dia a dia do salão

Há quem pense que maquiador artístico é maquiador de temporada, do tipo que trabalha apenas no Carnaval e no Halloween. “Uma pequena ajustada no foco já permite enxergar o obvio: que no Brasil o mercado de caracterização está em plena expansão. Não à toa, marcas nacionais estão investindo em produtos específicos e com custo mais acessível do que os importados devido à demanda interna. E não estou falando só das festas temáticas, que são trend, mas também de cinema, minisséries, novelas, teatro, músicas e musicais, editoriais, publicidade e do crescente interesse de maquiadores sociais em se especializarem em maquiagem cênica – seja para se aprimorar, aprender novas técnicas, expandir o leque de atuação ou simplesmente para ter um canal para liberar a veia artística”, diz o beauty artist Gil Scawia , da Maison Jacques Janine (@jacquesjanineoficial).

Ter essa válvula de escape faz todo sentido quando a gente lembra que a brasileira, por ser louca por maquiagem e ter informação de make social borbulhando o tempo todo na mídia e nas redes sociais, acaba, mesmo que sem querer, conduzindo a produção feita no salão. “Como de maquiagem artística ela ainda entende pouco e não conhece muito sobre produtos, acaba se entregando mais e permitindo que o profissional crie sem tanta interferência”, comemora Gil Scawia, que entrou no mundo da transformação inspirado pelo makeup artist Theo Carias, autor de campanhas icônicas da Melissa nos idos de 2007, 2008, e há dois anos faz caracterização para um dos maiores símbolos do carnaval no país, o hairstylist Maurício Pina diretor artístico da rede Jacques Janine.

A maquiagem artística também serve de inspiração para o hairstylist Ramon Quinhones , do Salão Absolute (@salaoabsolute), construir seus disputadíssimos arranjos de luxo, que já fizeram a cabeça de Ivete Sangalo (@ivetesangalo), Gloria Groove (@gloriagroove), Luan Santana (@luansantana), Gabi Amarantos (@gabiamarantos) e mais uma infinidade de atrizes, apresentadoras, estilistas, influenciadoras digitais e socialites. “O sucesso com a clientela é tamanho e meu prazer com a livre criação é tão grande que já penso em me dedicar mais às cabeças do que ao salão, separando quatro dias da semana para um e dois para o outro. Especialmente porque o acessório, assim como a make de caracterização, não é mais sazonal, limitando-a a carnaval e halloween. Há trabalho para o ano inteiro. Tanto que já fiz adereços até para noivas que queriam fugir do tradicional e aniversariantes que trocaram a festa convencional por um criativo baile de máscaras”, completa Ramon.

 

Parte do show

Apelidado de ‘camaleão do carnaval’, Maurício Pina é conhecido por construir suas fantasias do zero e apostar na maquiagem artística como elemento fundamental para compor seus personagens. “Tanto que ela só é decidida com o maquiador depois da roupa estar 100% pronta”, conta ele. Mas nem sempre foi assim. “Quando virei destaque de luxo em São Paulo eu não me maquiava porque queria aparecer. Até que, por volta de 2000, me dei conta que eu era só mais um no meio de tantos foliões. Foi quando resolvi ser performático também na maquiagem, que, por vezes, me deixa irreconhecível. Ironicamente, foi quando mais me tornei mais visível e reconhecido. E, quem me deu esse start por anos e me tornou um phD em transformação foi o Beto França, diz Maurício, que este ano desfilou para três escolas: Mocidade Alegre e Tom Maior, em São Paulo, e Acadêmicos do Salgueiro, no Rio de Janeiro.

 

Maurício Pina arrasando em São Paulo, no carro abre alas da escola Tom Maior deste ano, que teve o enredo “É coisa de preto”, com a fantasia “Ancestralidade africana” e make artística assinada por Gil Scawia.

No carro abre alas da escola paulista Mocidade Alegre, que teve o enredo “Do canto dos yabás renasce uma nova morada”, Maurício Pina pintou de “O guardião dos yorubás” e com make artística de Gil Scawia.

No Rio de Janeiro, Maurício Pina desfilou no quarto carro da Acadêmicos do Salgueiro, que teve o enredo “O rei negro do picadeiro”, com a fantasia “Floriano, o marechal de ferro” e make artística de Gil Scawia.

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