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No pós-pandemia, o futuro da beleza é verde. Não se trata da paleta de cores e sim da estratégia que envolve cada vez mais sustentabilidade para crescer em meio a crise. A ordem é preservar o meio ambiente, utilizar matérias primas recicladas e investir em tecnologia. Além disso, cresce a preocupação em zerar o uso de plástico virgem em embalagens, bem como a neutralização das emissões de carbono, que viraram uma rotina bem-vinda.

As indústrias do setor priorizam também os detalhes da cadeia produtiva e desenvolvem trabalhos comunitários. Simples mudança de hábitos? O que se constata é que a demanda parte também dos consumidores. Efetivamente, eles estão preocupados com o bem estar e a auto estima. Mas desejam saber se as marcas de beleza também “compram” a ideia da preservação da natureza.

A Consultoria Mckinsey elaborou um estudo especial sobre o consumidor pós-Covid-19. Ele constata que dois terços dos consumidores acham mais importante do que antes limitar impactos das mudanças climáticas e 60% estão fazendo alterações significativas no estilo de vida para reduzir esses efeitos. Sustentabilidade deixou de ser um conceito abstrato, mas um critério de escolha na compra de um produto.

Para as empresas, isso se tornou obrigatório. O Grupo L’Oréal destinou 150 milhões de euros- mais de 900 milhões de reais- em ações como financiamento de projetos de restauração de ecossistemas marinhos e florestais e no combate a mudanças climáticas. A diretora de sustentabilidade, Maya Colombani, diz que “a empresa pretende até 2025 ser carbono neutro em todas as instalações, usando energia renovável”. No Brasil, a meta carbono neutro deve ser alcançada até o fim de 2020. “A beleza do futuro será sustentável, responsável, natural e inclusiva”, ressalta a executiva.

A ALFAPARF MILANO também aposta na tendência vegana. Segundo Julia Alves, diretora de marketing da marca no Brasil, a pandemia fez todo mundo se mexer e olhar mais atentamente para o que o consumidor tem buscado. Com mais tempo e senso crítico, as pessoas passaram a valorizar produtos e serviços com propósito. “Color Wear Vegan é a primeira coloração tom sobre tom com selo Vegan, embalagem reciclável e fórmula com inovador agente alcalinizante. Ou seja, ela se insere nos desejos da cliente sem perder nada da performance”, explica ela.

O presidente da ABIHPEC – Associação Brasileira da Indústria de Higiene Pessoal, Perfumaria e Cosméticos, João Carlos Basílio vai além. “Quando discutimos sobre negócios sustentáveis hoje, não podemos nos limitar às questões e à sustentabilidade do produto em si, e sim da cadeia de suprimentos como um todo, passando por preocupações com os próprios colaboradores e o impacto da atividade da organização na comunidade onde ela está inserida”, argumenta.

Mudanças de hábitos geralmente levam algum tempo para acontecer. Não foi o que ocorreu durante a pandemia. O que vimos agora foram alterações significativas em questão de semanas. Os especialistas acreditam que as tendências vieram para ficar. A busca por informações qualificadas, parceria com cabeleireiros e a conexão sustentável continuarão a se repetir daqui para frente. Um novo significado para o verde.

Fonte: UOL

Matéria de Caio Camargo.

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