em Colunistas, Erik Kened

Os campos de atuação das Terapias Capilares vêm evoluindo consideravelmente aos longos dos anos, e a utilização de ativos naturais extraídos das plantas tem tido grandes avanços científicos para os tratamentos da pele e do couro cabeludo.

Os primeiros registros do uso de óleos essenciais se remetem à Idade Antiga, período em que gregos e romanos faziam uso de plantas medicinais ou curativos.

Esses ativos naturais por apresentarem pouco ou quase nenhum risco de processos alérgicos, vem sendo utilizados na indústria de cosméticos para potencializar os tratamentos e para trazer um cheiro mais natural aos produtos. A essência além de ser natural ainda contribui para a aromaterapia.

Na idade antiga, grandes personagens da história faziam uso de formulações para combater doenças, como Hipócrates por exemplo, o pai da Medicina.

Os egípcios utilizavam óleos de plantas como o Cedro, Gengibre, o Alecrim, o Cravo, entre outros) na aromaterapia ou nos banhos para higiene e beleza. A rainha egípcia Cleópatra, tinha como hábito usar as plantas em seus banhos e as essências das flores e sementes para perfumes.

Avicena, 980–1037 d.C foi um médico árabe que foi o inventor do destilador a vapor, técnica utilizada até os dias atuais para a extração dos óleos essenciais.

Os óleos essenciais são substâncias de alto poder volátil e fragrâncias variáveis originadas de folhas, flores, sementes, caules, hastes, cascas e raízes. São empregados, principalmente, em perfumaria como fragrâncias, fixadores de fragrâncias e composições terapêuticas.

Alguns óleos essenciais tem tido muita relevância nos tratamentos do couro cabeludo.

Os mais usados nas terapias do couro cabeludo são:

Óleo de Alecrim, por exemplo, cujo nome científico é Rosmarinus officinalis. Ele é estimulante da circulação. Quando aplicado no couro cabeludo, atua como vasodilatador e promove ação estimulante do crescimento dos fios e no combate à Caspa, além de ajudar a aliviar o quadro foliculite.

Óleo de Gengibre conhecido como Zingiber officinale apresenta efeito termogênico e está em grande atuação nos procedimentos de massagens do couro cabeludo para estimular a limpeza e a desobstrução dos poros.

Óleo de Gergelim, Sesamum indicum hidrata, traz maciez e protege os cabelos dos raios UV.

Óleo de Girassol, muito conhecido como Helianthus annuus apresenta efeito condicionante nos fios capilares.

Além destes, existem muitos outros que são usados na aromaterapia, nos tratamentos estéticos e nos cabelos.

A utilização dos óleos essenciais tem trazido resultados significativos nas terapias tópicas para dermatoses do couro cabeludo (como psoríase, dermatites, eczemas, foliculite, entre outros).

As indústrias de cosméticos têm buscado cada vez mais ingredientes de origem natural e orgânica por serem de fontes renováveis. Também não podemos perder de vista os registros milenares apontando ativos e óleos essenciais para benefícios da saúde por meio da aromaterapia. Eles podem acalmar, estimular, cicatrizar, e até atuar como bactericida, só é preciso ficar atento às propriedades de cada tipo de óleo essencial.

Erik Kened

Colunista

Erik Kened é Engenheiro Químico, especialista em desenvolvimento de cosméticos e aplicações estéticas. Palestrante e educador na área da saúde, beleza e bem-estar. Trabalha com P&D de cosméticos e dermocosméticos há 20 anos. Além de consultorias para indústrias de cosméticos, produz e administra treinamentos para equipe de vendas, bem como profissionais da beleza.

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