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O que a maioria dos analistas previu começa a se tornar realidade em 2021. O ritmo do consumo nesse primeiro trimestre decepciona. Isso pode ser creditado a dois fatores: o fim do auxílio emergencial – muito embora já se discuta o retorno desse benefício num valor menor, R$ 200, por exemplo. Outro item importante é aplicação lenta das vacinas contra a Covid-19.

Consultorias e associações projetam retomada mais significativa no segundo trimestre. Mas ainda vai depender do avanço na imunização e da criação de algum mecanismo que recomponha a renda dos brasileiros. Boa notícia, por enquanto, só para as vendas on-line que crescem a dois dígitos e impulsionam o segmento das embalagens de papelão.

O setor de beleza em 2020 registrou números positivos graças ao incremento da chamada “cesta Covid” – álcool em gel, sabonetes e lenços de papel entre outros. Nesse primeiro trimestre ainda não há números consolidados. O setor vive momentos diferentes para cada categoria.

O presidente da ABIHPEC, associação que representa a indústria, João Carlos Basílio, afirma que as vendas de produtos sazonais, como protetores solares, continuam em alta, mas existem desafios na medida em que o poder aquisitivo não está crescendo. “O problema para a retomada do consumo ainda é a insegurança com a vacinação lenta; vamos crescer em relação ao primeiro semestre de 2020, mas ainda será um ano com limitações; o crescimento vai acelerar no segundo semestre, conforme a vacinação for aumentando; se crescermos algo em torno de 3,5% este ano, será muito bom”, constata João Carlos Basílio.

O setor de serviços representa 70% do PIB (Produto Interno Bruto) e foi um dos que mais sofreu com o isolamento social. Os salões de beleza podem ser classificados de motores do setor. Por isso, é fundamental entender como esses profissionais venceram o confinamento e como se comporta a retomada das atividades. A Beauty Fair, maior feira de beleza da América Latina, encomendou uma pesquisa para conhecer detalhes do segmento durante a pandemia.

Foram analisados itens como o perfil dos profissionais, a forma de trabalho antes, durante e após o isolamento, os impactos da crise sanitária no atendimento e na renda dos trabalhadores, a interação com marcas profissionais no ambiente digital e ainda como estão os parâmetros atuais de serviço e aquisição de produtos, além da situação nos salões com as medidas obrigatórias.

O levantamento mostra que 84% dos cabeleireiros ouvidos solicitaram o auxílio emergencial, mas que apenas 39% deles tiveram acesso ao benefício de 600 reais. Ainda 11% responderam que os salões onde trabalhavam encerraram as atividades em definitivo e 47% disseram que se sentem seguros para realizar os atendimentos, seguindo os protocolos exigidos.

O diretor-geral da Beauty Fair, Cesar Tsukuda, diz que “esse levantamento traz resultados importantes sobre os impactos da pandemia para os cabeleireiros. Com a suspensão das atividades por mais de três meses, vimos que muitos negócios infelizmente não resistiram à crise e que milhares de profissionais precisaram se reinventar com urgência. Esta é a hora de nos unirmos e nos apoiarmos no caminho da recuperação”.

Fontes: ABIHPEC, BEAUTY FAIR

 

Matéria de Caio Camargo

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